sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Reflexologia Japonesa no tratamento da Fascite Plantar



Atualmente no mundo todo são praticados inúmeros tratamentos por estímulo reflexo, que segundo estudos arqueológicos, nasceram junto às culturas chinesa, egípcia e babilônica, há aproximadamente 5.000 anos. E dentre essas antigas civilizações, não podemos deixar de citar os japoneses, que desenvolveram o método SOKUTEI ou Reflexologia Japonesa.

Como é a atuação da Reflexologia Japonesa?

Consiste numa massagem terapêutica que estimula determinados pontos reflexos, correspondentes aos diversos órgãos e partes do corpo humano, onde é possível desbloquear a circulação da energia vital, estimulando o reequilíbrio do organismo. Esses pontos reflexos encontram-se no microssistema do pé e se estendem ao longo dos canais de energia até a altura dos joelhos. O princípio desta terapia baseia-se numa rede de canais energéticos (meridianos) que vão da cabeça até os pés, dos pés até o tórax e palmas das mãos. Esses canais relacionam-se com as diferentes regiões, interligando as partes do corpo. Têm uma influência sobre o funcionamento dos órgãos, glândulas e músculos. Ao trabalhar sobre os pontos reflexos dos pés, o corpo e a mente são estimulados a restaurar o equilíbrio. Ainda com a Reflexologia Japonesa é possível atuar de forma eficaz sobre problemas relacionados às estruturas do pé e das pernas, como a fascite plantar.

O que é a Fascite Plantar?

Caracteriza-se por uma dor concentrada no calcanhar, mais especificamente na tuberosidade medial do calcâneo, ponto de origem da fáscia plantar. Essa dor pode se estender por toda a base do calcâneo e pelo arco plantar, devido ao processo inflamatório que acomete estas estruturas, resultando em processos degenerativos. Suas manifestações ocorrem mais pela manhã, principalmente ao levantar da cama ou após um período de repouso.

Quais são as causas?

A fascite plantar surge com maior frequência em indivíduos obesos, em indivíduos que praticam corrida e outras atividades relacionadas à absorção de impacto pelo osso calcâneo. Também podemos citar atividades que envolvam a sustentação de peso, como a permanência em pé por um longo tempo. Várias podem ser as causas, como a diferença entre o comprimento dos membros inferiores, a rigidez dos músculos da panturrilha e o uso de sapatos inadequados. Alguns estudos demonstram que indivíduos com pé cavo ou plano possuem fatores predisponentes no desenvolvimento da fascite plantar.

Como é o tratamento?

Durante uma sessão típica de Reflexologia Japonesa, usamos uma variedade de técnicas manuais do Shiatsu (terapia por meio da pressão nos pontos energéticos), Anma (massagem nos canais de energia) e o Seitai (ajuste articular) para massagear, pressionar os pontos e alongar os pés e as pernas. O tratamento começa com a palpação ao longo do trajeto do canal da bexiga na perna, localizado em sua porção posterior, com o objetivo de encontrar e liberar a rigidez da musculatura da panturrilha e do tendão calcâneo. O mesmo procedimento é executado no canal energético do rim, localizado numa linha medial da perna. Logo após, realizam-se manobras de deslizamento no contra fluxo da força vital de cada um desses meridianos. Com a liberação dos pontos distais R 3, BX 60 e BX 57, a abordagem terapêutica citada acima segue na base do calcâneo e em todo o arco plantar. O tratamento visa melhorar o fluxo de energia nos meridianos do pé e a diminuição das fibroses e aderências encontradas na fascite plantar, que consequentemente diminuirá a dor na região do calcâneo. Ainda, realiza-se um banho de imersão no ofurô para os pés, antes de começar a massagem propriamente dita.

A relação do corpo como um todo

As dores e os desequilíbrios na região do calcanhar quando não tratadas podem desequilibrar outras partes de nosso organismo. Isso ocorre devido ao fato dos pés representarem um microssistema, onde encontramos todas as estruturas do corpo. Por exemplo: o hálux (dedão) está ligado à cabeça e o calcanhar ao quadril. Neste caso, a fascite plantar pode gerar disfunções no sistema excretor, comprometendo o funcionamento dos intestinos e da bexiga. Também podemos relacionar a fascite plantar aos desconfortos na coluna lombar, na altura entre L5 e S1, que pode deflagrar dores ao longo do nervo ciático e dos membros inferiores. Liberando as aderências na região do calcâneo e do arco plantar é possível atuar de forma distal sobre as hérnias de disco da coluna lombar.

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